Para o mês de Fevereiro temos uma convidada muito especial, a incrível e agradavelmente lírica Mel Colaço do Blog Quebra do Silêncio sobre Veganismo!
Espero que tal como eu se percam na poesia das suas palavras, perspectivas e visões do seu mundo e do que nos rodeia.
Espero que tal como eu se percam na poesia das suas palavras, perspectivas e visões do seu mundo e do que nos rodeia.
1. Qual é o teu IKIAI?
Os laços fortes que agrilhoam-me ao amor, à esperança e aos meus sonhos: são os três factores essenciais para conseguir enfrentar mais um dia e acreditar que o amanhã será mais luminoso.
2. Que activistas pelos direitos dos animais é que te inspiram?
Aqueles que insurgiram-se contra tudo e contra todos por acreditarem na causa pela qual entregaram-se. Todos nós sabemos que ao mostrarmos pensamentos que a sociedade não percebe, não aceita ou não concorda é similar a dar mais um passo para o abismo: e, mesmo assim, há quem desvalorize as visões desfiadas, os murmúrios tóxicos e os apontares de dedo descarados e consiga aguentar essa onda acusatória que rotula como loucos quem defende aqueles que são explorados, torturados e mortos para a gula, a luxúria e as restantes futilidades que espelham o bolor que contaminou a consciência do ser humano.
3. Conta-nos um pouco sobre o teu blog "Quebra do Silêncio".
Como adoro escrever, decidi agarrar nessa paixão e criar o Quebra do Silêncio para fazer a minha parte pelos animais. Acredito veementemente no poder da palavra escrita: é uma arma poderosa desde que foi criada e que ajudou (e continua a ajudar) bastante a metamorfosear a visão humana ao longo da História. Para além de artigos filosóficos, nos quais pretendo interligar a ética animal com a ética humana e a ética ambiental, compartilho informações essenciais, dicas para receitas, cosméticos e outros produtos básicos do quotidiano: assim aproveito para divulgar outros projectos e mostrar aos leitores que muitas pessoas já sacudiram a ataraxia do seu âmago.
Sob o nome do blogue também já realizei pequenos eventos para ajudar animais, sempre aliados ao veganismo para sensibilizar o maior número de pessoas possível.
Os laços fortes que agrilhoam-me ao amor, à esperança e aos meus sonhos: são os três factores essenciais para conseguir enfrentar mais um dia e acreditar que o amanhã será mais luminoso.
2. Que activistas pelos direitos dos animais é que te inspiram?
Aqueles que insurgiram-se contra tudo e contra todos por acreditarem na causa pela qual entregaram-se. Todos nós sabemos que ao mostrarmos pensamentos que a sociedade não percebe, não aceita ou não concorda é similar a dar mais um passo para o abismo: e, mesmo assim, há quem desvalorize as visões desfiadas, os murmúrios tóxicos e os apontares de dedo descarados e consiga aguentar essa onda acusatória que rotula como loucos quem defende aqueles que são explorados, torturados e mortos para a gula, a luxúria e as restantes futilidades que espelham o bolor que contaminou a consciência do ser humano.
3. Conta-nos um pouco sobre o teu blog "Quebra do Silêncio".
Como adoro escrever, decidi agarrar nessa paixão e criar o Quebra do Silêncio para fazer a minha parte pelos animais. Acredito veementemente no poder da palavra escrita: é uma arma poderosa desde que foi criada e que ajudou (e continua a ajudar) bastante a metamorfosear a visão humana ao longo da História. Para além de artigos filosóficos, nos quais pretendo interligar a ética animal com a ética humana e a ética ambiental, compartilho informações essenciais, dicas para receitas, cosméticos e outros produtos básicos do quotidiano: assim aproveito para divulgar outros projectos e mostrar aos leitores que muitas pessoas já sacudiram a ataraxia do seu âmago.
Sob o nome do blogue também já realizei pequenos eventos para ajudar animais, sempre aliados ao veganismo para sensibilizar o maior número de pessoas possível.
4. Como consideras o futuro do veganismo em Portugal?
Carregado de obstáculos devido a doxas mergulhadas nas falácias vulgares sobre o assunto. Formamos um país bastante conservador, que enraizou uma boa fatia da sua cultura na gastronomia – a qual dispensa pormenores – e que não aprecia pensar fora da bolha que cria para proteger-se: a maioria vê o vegetarianismo e o veganismo como radicalismos do século XXI – quando são princípios existentes desde o pré-socratismo – e continua a não aceitá-los de braços abertos. Despir a capa da hegemonia antropocêntrica e fazer as pazes com os animais não-humanos não é, de forma alguma, a intenção de muitos de nós, levando-me a sentir que ainda teremos um longo trabalho pela frente para informar devidamente quem insiste em empoleirar-se numa hierarquia piramidal e tipicamente egocêntrica.
5. Qual o género de activismo que consideras mais eficaz?
Activismo que seja despojado de agressividade: quem não pensa como nós não compreenderá imediatamente os motivos que nos levam a escolher um determinado princípio ou uma determinada atitude e, se formos impulsivos no modo como nos manifestamos, poderemos ofender involuntariamente e afastar ainda mais as pessoas da causa: afirmo isto porque houve pessoas que já desabafaram comigo sobre o supracitado e foi difícil convencê-las para que reconsiderassem e experimentassem o trilho do veganismo. Pessoalmente, prefiro o activismo informativo e o activismo simbólico: quando bem pensados e bem realizados resultam como um pequeno choque que contribui para os outros despertarem mais um pouco.
Carregado de obstáculos devido a doxas mergulhadas nas falácias vulgares sobre o assunto. Formamos um país bastante conservador, que enraizou uma boa fatia da sua cultura na gastronomia – a qual dispensa pormenores – e que não aprecia pensar fora da bolha que cria para proteger-se: a maioria vê o vegetarianismo e o veganismo como radicalismos do século XXI – quando são princípios existentes desde o pré-socratismo – e continua a não aceitá-los de braços abertos. Despir a capa da hegemonia antropocêntrica e fazer as pazes com os animais não-humanos não é, de forma alguma, a intenção de muitos de nós, levando-me a sentir que ainda teremos um longo trabalho pela frente para informar devidamente quem insiste em empoleirar-se numa hierarquia piramidal e tipicamente egocêntrica.
5. Qual o género de activismo que consideras mais eficaz?
Activismo que seja despojado de agressividade: quem não pensa como nós não compreenderá imediatamente os motivos que nos levam a escolher um determinado princípio ou uma determinada atitude e, se formos impulsivos no modo como nos manifestamos, poderemos ofender involuntariamente e afastar ainda mais as pessoas da causa: afirmo isto porque houve pessoas que já desabafaram comigo sobre o supracitado e foi difícil convencê-las para que reconsiderassem e experimentassem o trilho do veganismo. Pessoalmente, prefiro o activismo informativo e o activismo simbólico: quando bem pensados e bem realizados resultam como um pequeno choque que contribui para os outros despertarem mais um pouco.
Estou de luto
e afogada no abismo sufocante da vergonha
por o meu semelhante ser
uma máquina que mata
tresloucadamente
sequiosa de sangue e de sofrimento,
invés de procurar no fundo bolorento da sua alma
o amor que devia ser o seu combustível
neste mundo que continua a ser execravelmente incompreensível.
- Mel Colaço in Gritos Silenciados